Sistemas de Cores RGB CMYK
Como a luz entra no nosso olho?
- A luz entra em nossos olhos através da córnea, uma camada transparente que funciona
como uma lente natural. Ela ajuda a direcionar e focar a luz para dentro do olho.
- Depois de passar pela córnea, a luz atravessa a pupila, que é o pequeno orifício
no centro da íris (a parte colorida do olho). A pupila se ajusta automaticamente
para controlar a quantidade de luz que entra: quando há muita luz, ela se contrai;
quando há pouca luz, ela se dilata.
- Em seguida, a luz passa pelo cristalino, uma lente flexível que ajusta o foco para
que possamos ver objetos de diferentes distâncias com clareza.
- Por fim, a luz atinge a retina, uma camada sensível localizada no fundo do olho.
A retina transforma a luz em sinais elétricos, que são enviados pelo nervo óptico
ao cérebro. O cérebro interpreta esses sinais e transforma em imagens, permitindo
que enxerguemos o mundo ao nosso redor.
Como os Cones e os Bastonetes nos fazem enxergar?
Nosso sistema visual funciona graças às células especializadas da retina chamadas
cones e bastonetes, que captam a luz e transformam essas informações em sinais elétricos
enviados ao cérebro. A intensidade da luz e o modelo aditivo de cores (RGB) desempenham
um papel fundamental nesse processo.
- Bastonetes: Funcionam melhor em ambientes escuros, ajudando a detectar formas e movimentos.
Porém, eles não percebem cores, apenas tons de preto, branco e cinza. Quando a intensidade
da luz é baixa, os bastonetes assumem o controle da visão.
- Cones: São responsáveis pela percepção das cores e dos detalhes das imagens. Eles operam
quando há bastante luz e trabalham de acordo com o modelo RGB (Red, Green, Blue).
Os cones se dividem em três tipos, cada um sensível a uma cor primária da luz:
- 🔴 Cones vermelhos (R – Red)
- 🟢 Cones verdes (G – Green)
- 🔵 Cones azuis (B – Blue)
A combinação da ativação desses cones permite enxergar uma ampla gama de cores. Por exemplo:
- Vermelho + Verde = Amarelo
- Verde + Azul = Ciano
- Vermelho + Verde + Azul (100%) = Branco
Modelo RGB e Pixels
As telas de celulares, monitores e televisões utilizam o modelo aditivo de cores (RGB) para
formar imagens coloridas. Esse modelo funciona somando luz de diferentes cores para criar
novas tonalidades, ao contrário do modelo subtrativo (usado em tintas e impressão), que
mistura pigmentos para absorver certas cores e refletir outras.
Os pixels
Cada tela digital é composta por milhões de pixels, e cada pixel contém três subpixels
muito pequenos, um de cada cor primária da luz:
- 🔴 Vermelho (Red – R)
- 🟢 Verde (Green – G)
- 🔵 Azul (Blue – B)
Se olhar de perto da pra ver os subpixels na imagem acima!
Cada subpixel emite luz de intensidade variável. O cérebro não percebe os subpixels separadamente, mas sim
a mistura da luz que eles emitem, criando a ilusão de uma única cor em cada pixel.
Como a intensidade da luz determina a cor final?
A cor exibida por um pixel depende da intensidade da luz emitida por cada um de seus
três subpixels RGB:
- Se todos os subpixels estiverem no máximo de intensidade (R=100%, G=100%, B=100%),
o pixel se torna branco.
- Se todos os subpixels estiverem desligados (R=0%, G=0%, B=0%), o pixel fica preto.
- Se apenas um subpixel estiver aceso, o pixel exibirá aquela cor específica
(exemplo: R=100%, G=0%, B=0% → vermelho puro).
- Combinando diferentes intensidades, podemos criar milhões de cores diferentes
(exemplo: R=100%, G=100%, B=0% → amarelo).
Modelo CMYK
Diferente do modelo aditivo de cores (RGB), que usa luz para formar cores, o modelo subtrativo
(CMYK) é baseado na mistura de pigmentos, como os usados em tintas e impressões. Nesse modelo,
as cores não são criadas pela emissão de luz, mas sim pela absorção de certas frequências e
reflexão de outras.
Como a mistura funciona?
O modelo CMYK usa quatro cores primárias:
- 🔵 Ciano (C – Cyan)
- 🟣 Magenta (M – Magenta)
- 🟡 Amarelo (Y – Yellow)
- ⚫ Preto (K – Black)
Quando combinamos esses pigmentos, eles absorvem certas cores da luz e refletem outras,
formando novas tonalidades:
- Ciano + Magenta = Azul
- Magenta + Amarelo = Vermelho
- Amarelo + Ciano = Verde
- Ciano + Magenta + Amarelo = Teoricamente Preto (mas, na prática, gera um marrom escuro)
Embora a mistura de ciano, magenta e amarelo devesse resultar em preto, na realidade, ela gera um
tom escuro impreciso e desbotado. Por isso, o preto (K) é adicionado por três razões principais:
- Melhorar o contraste – Garante que os textos e imagens fiquem mais nítidos.
- Economizar tinta colorida – Usar um único cartucho preto reduz o uso excessivo de
ciano, magenta e amarelo.
- Criar sombras e detalhes – Ajuda a definir áreas escuras de forma precisa sem
misturar várias tintas.
Comparação entre os modelos!
A principal diferença entre eles está na forma como as cores são criadas: um
trabalha com luz emitida e o outro com pigmentos que absorvem luz.
RGB
O modelo aditivo (RGB) é usado em telas digitais, como monitores, celulares e TVs.
Ele forma cores somando luz vermelha, verde e azul. Quanto mais luz adicionada, mais
clara a cor fica, e a combinação máxima das três cores resulta em branco. Já a ausência
total de luz forma o preto.
CMYK
Por outro lado, o modelo subtrativo (CMYK) é utilizado em impressões, como revistas e
cartazes. Ele funciona misturando pigmentos de ciano, magenta e amarelo, que absorvem
luz em vez de emiti-la. Quanto mais tinta adicionada, mais escura a cor fica. Como a
mistura dessas três cores gera um tom marrom escuro, a tinta preta (K) é adicionada para
melhorar o contraste e evitar desperdício de tinta colorida.